“A coisa que mais sofri a vida inteira era ver, nas periferias do Brasil e do mundo, garotas e caras incríveis, cheios de potencial. Aquele cara cheio de vontade de fazer as coisas e sem a menor condição de realizar um décimo do que poderia”, costuma dizer Regina Casé em entrevistas. Seja com o Brasil legal, Um pé de quê? (que ela grava agora) ou Central da periferia, ela coleciona lições de vida. No Central da periferia, por exemplo, ela chegou a visitar Angola, para conhecer um país cujo crescimento econômico é enorme – mas que ainda sofria com uma baixa expectativa de vida dois habitantes e com o grande contingente de pessoas dependendo da economia informal.
Recorreu a depoimentos como os do escritor angolano José Eduardo Agualusa, que falou bastante sobre a desigualdade social. “O Brasil virou uma Suécia comparado com Angola”, afirmou ele. Focos locais de empreendedorismo também estão na pauta do programa. “Se no Brasil há o jeitinho brasileiro lá há o jeitaço angolano”, conta a apresentadora.
A atriz e apresentadora procura mostrar as periferias e as infinitas lições e surpresas que elas podem nos dar. Luanda, Angola, Rio de Janeiro, Paris, Japão, México, Belém… são tantos lugares que nem dá pra contar. E, em cada um, um reforço contra o preconceito que as classes mais altas têm em relação a periferia.