Quem vê Regina Casé no Esquenta! e não acompanhou sua carreira, pode nem saber da bagagem de atriz que ela carrega. Nos anos 70, Regina integrou a trupe Asdrúbal Trouxe o Trombone, um grupo revolucionário conhecido por desconstruir a narrativa tradicional. Para a apresentadora, esse passado no teatro foi fundamental para que ela decidisse o futuro de sua carreira.
“Se eu não tivesse conhecido o povo do Asdrúbal, talvez não tivesse virado atriz, porque não me identificava com o teatro tradicional”, disse, em entrevista ao programa Viva o sucesso, do Canal Viva.
A apresentadora também deixou claro que a ideia de se comunicar com o povo é o que a atrai de verdade. “Sempre quis me comunicar com todos, independentemente da classe social. No teatro, eu só falava com pessoas de classe média alta, então fui para a TV, que é um veículo que atende minhas necessidades”, disse. “Se um dia eu não puder mais andar na rua sozinha e fazer feira, vou ficar louca. Adoro o jeito como as pessoas falam comigo quando me encontram. O artista não é diferente e nem melhor do que o outro. Sou do povo, da rua”.